Começou ontem o Outono!
De hoje em diante as horas de luz decrescem, numa dança ancestral entre a luz e as trevas a vida vai marcando o ritmo desta “Valsa” que todos dançamos mesmo quando pensamos não sabemos dançar!
Curioso surgir-me a palavra dança…tem tanto a ver com a energia de Balança onde acaba de entrar simbolicamente o Sol.
E é sobre balança que hoje vos quero falar.
É o sétimo signo da roda zodiacal, regido pelo planeta Vénus, pertence ao elemento Ar, modalidade Cardeal, a sua polaridade é feminina (Yin), é oposto e complementar a Carneiro o primeiro dos signos do Zodíaco.
E quero ressalvar que na Astrologia os signos não são características que se atribuem a todas as pessoas que nascem ou nasceram neste período de 30 dias, como um sinal ou uma marca de nascença, um rótulo ou coisa que o valha….
Signos são qualidades arquetípicas de energia, que colorem com o seu tom toda a vida, como um filtro pelo qual a luz atravessa e imprime ao seu redor as suas qualidades… as expressões destas qualidades da “Vida” são imensas… as formas que ela anima são vastíssimas, mas o signo em si não fala das formas, fala de uma qualidade essencial que se expressa na Vida.
Quando falamos da qualidade essencial a que chamamos signo de balança, estamos a referir-nos ao sétimo signo da grande roda que representa a VIDA e pela qual os Astrólogos estudam os movimentos celestes.
Esta é a primeira qualidade que nos devolve o contacto com o “outro” nas nossas vidas, Balança representa a necessidade de entrar em partilha/parceria com os “outros” das nossas vidas, balança representa o par e a necessidade de encontrar um equilíbrio perfeito e harmonioso entre o dois.
Aproveito e volto à ideia de que a dança é uma coisa de balança, e não é só porque rima J
A dança, ela só é possível de forma harmoniosa e bela se ambos os pares desta dança vibrarem, sentirem, dançaram como um só. Se das partes se formar um todo, se dos opostos pudermos caminhar num ponto central comum.
Pensando na Balança enquanto instrumento de pesagem usado antigamente, que funcionava através do equilibro de dois pratos onde num se colocava o que queríamos pesar e no outro os pesos para assim determinar através do equilíbrio do fiel (o ponto do meio) o quanto pesava algo.
Em balança pesamos os resultados de tudo o que criamos e produzimos desde o início deste ciclo de vida representado pelo equinócio anterior, achegada do Sol a zero graus de Carneiro, o início da primavera, o inicio também do ano novo astrológico, o início da vida e de tudo o que começa pela primeira vez…
Encontramos balança no meio do ano astrológico, precisamente no dia em que Sol e Lua dispõem do mesmo número de horas do dia.
Onde o arquétipo da vida masculino (o Sol) e o arquétipo feminino (a Lua) se encontram em igualdade de circunstâncias, de forças…de poder…
O Arquétipo do equilíbrio, da diplomacia, dos relacionamentos, da verdade, do que é correto e justo…
Não é meu intuito ensinar aqui Astrologia, apenas partilhar um pouco do espirito da energia do momento e deixar que dentro se acendam alguns insights, quem sabe, ou pelo menos o impulso para uma mais profunda reflexão.
Como a “balança”, também nós procuramos o fiel dentro de nós…
Que seja um Feliz Outono! <3
Ana Luiza Barata
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